O carvão vegetal é um produto criado a partir da queima ou carbonização da madeira. O resultado desse processo deu origem ao carvão vegetal que é conhecido atualmente para fazer churrasco, nos fogões a lenha, nas siderúrgicas e outros locais. Além disso, existe o tipo de carvão utilizado na medicina, chamado de carvão ativado, proveniente de madeiras com aspecto mole e não resinosas.
No processo de carbonização, a madeira (eucalipto) é aquecida em um local fechado, com ausência ou presença de oxigênio, em quantidades controladas, numa temperatura superior a 300ºC, após essa queima, surge o carvão como resíduo. A carbonização, geralmente, ocorre em fornos de alvenaria, que é um dos modelos com baixo custo e fácil de construir.
O carvão vegetal é utilizado desde a Antiguidade. Os egípcios, por exemplo, utilizavam-no para purificar óleos e também para fins medicinais. Com o passar dos anos, foi descoberto uma série de funcionalidades desse produto. Na Segunda Guerra, foi usado na retirada dos gases tóxicos por causa da sua capacidade de absorver impurezas.
No Brasil, há indícios de que tenham começado a ser adotado pelos índios, que o usavam como forma de combater doenças. Até o século XVIII foi considerado o único produtor de ferro-gusa. Com a demanda por aço, o carvão mineral se tornou um dos principais elementos na siderurgia.
Os minerais fósseis começaram a ser utilizados a partir da Revolução Industrial, após a invenção da máquina a vapor, que era movida com carvão mineral. Os principais são o petróleo e o carvão, recursos fundamentais para os países.
A madeira é uma fonte de energia importante no país. Grande parte da lenha extraída é transformada em carvão vegetal. Ele é muito utilizado na indústria siderúrgica e por empresas. A desvantagem da produção do carvão vegetal no Brasil está na questão da origem da madeira: usualmente, utilizam as nativas, causando grande dano ambiental.
Na siderurgia, ele é usado para produzir calor e também como redutor do minério de ferro (processo para a produção de ferro). O Brasil é o maior produtor mundial de ferro gusa* via carvão vegetal e grande parte do que é produzido, é exportado. Por possuir baixos teores de enxofre e cinza, o gusa possui uma qualidade superior do que o produzido por meio de carvão mineral. *gusa - produto produzido por meio da redução do minério de ferro com carvão ou coque (combustível proveniente do carvão) em altas temperaturas.
Carvão que possui carbono puro e é obtido por meio da queima controlada, em temperatura específica. Esse tipo de carvão é utilizado para a criação de remédios naturais, sendo indicado para várias doenças. Ele é capaz de coletar gases e substâncias tóxicas. Mas é necessário utilizá-lo corretamente, pois a longo prazo pode causar efeitos colaterais, tais como prisão de ventre, vômitos e escurecimento das fezes, por exemplo.
Também chamado de Biochar ou Terra Preta, é uma técnica agrícola antiga onde é aquecido a biomassa (bambu), com ausência ou baixos teores de oxigênio. Esse processo é feito nos fornos que produzem o carvão vegetal. Para sua produção são utilizados resíduos orgânicos como restos de podas de árvores, palha de cana-de-açucar, ossos, esterco, etc. O biocarvão contribui para uma maior fertilidade do solo e consequentemente com o crescimento de plantas cultivadas.
Confira as vantagens:
Grande parte do carvão vem de desmatamentos (legais e ilegais), sendo uma das desvantagens da sua utilização no país.